O erro fatal na alocação de recursos do MVP que você precisa evitar

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Iniciar um projeto, especialmente um MVP, é sempre um turbilhão de emoções, não é mesmo? Aquele entusiasmo inicial logo se choca com a dura realidade dos recursos limitados.

Lembro-me bem das noites em que eu ficava pensando: “Será que estou investindo meu tempo e dinheiro no lugar certo?”. Essa angústia é universal para quem está construindo algo do zero, e, por experiência própria, sei que é um dos maiores desafios.

Com a velocidade do mercado hoje, onde cada passo em falso pode custar caro e a concorrência é acirrada, otimizar a alocação de recursos não é mais um luxo, mas uma necessidade imperativa para a sobrevivência do seu produto.

Não é só cortar gastos, é sobre ser cirúrgico onde você coloca a sua energia para gerar o máximo impacto com o mínimo de desperdício, especialmente quando pensamos nas últimas tendências de desenvolvimento ágil e economia enxuta.

Vamos descobrir exatamente como otimizar cada centavo e minuto neste projeto vital.

O Coração do MVP: Foco Inabalável no Essencial

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Ah, essa é a parte que me tira o sono (e o cabelo!) às vezes. Quando você começa um MVP, a vontade é de abraçar o mundo, colocar todas as funcionalidades que sonha em ter no produto final. Mas, pera lá! Minha experiência me ensinou, da forma mais dolorosa, que tentar fazer tudo de uma vez é a receita para o desastre, a exaustão e, pior, para que o projeto nunca veja a luz do dia. Lembro-me de um projeto em que insistimos em adicionar um módulo de inteligência artificial supercomplexo logo na primeira versão. O resultado? Gastamos meses, esgotamos o orçamento e, no final, tivemos que descartar a funcionalidade porque ela não agregava valor real para o problema inicial que queríamos resolver. Foi um soco no estômago, mas uma lição valiosa. O foco no essencial não é sobre ser minimalista por ser, mas sobre ser estratégico e implacável em priorizar aquilo que *resolve o problema central do usuário* de uma maneira que ninguém mais está fazendo, ou que você faz melhor. É a funcionalidade que, se você tirar, o MVP simplesmente não funciona como deveria para o propósito inicial. É doloroso cortar coisas, sim, mas é libertador quando você vê a velocidade que ganha ao se concentrar no que realmente importa.

1. Identificando a Dor Mais Aguda do Usuário

Antes de escrever uma única linha de código ou desenhar uma tela, pergunto-me: “Qual é a *maior* frustração que meu usuário enfrenta e que meu produto pode aliviar?” Essa pergunta guia todo o processo. Não é sobre o que é “legal” ou “inovador”, mas sobre a solução mais eficaz para uma dor real e palpável. No meu primeiro MVP de uma plataforma de gestão financeira, eu estava obcecado em criar gráficos complexos e relatórios detalhados. Parecia o máximo! Mas ao conversar com os usuários, descobri que a dor maior era simplesmente *registrar as despesas de forma rápida e intuitiva* no dia a dia. Todos os gráficos podiam vir depois. Essa virada de chave nos economizou uma fortuna em desenvolvimento e nos deu um produto que os usuários *realmente* precisavam e usavam.

2. Priorização Rigorosa: Onde o “Não” É Seu Melhor Amigo

Quando as ideias borbulham e todos na equipe querem adicionar algo “genial”, a priorização se torna um campo de batalha. É aqui que entra o poder de dizer “não” de forma educada, mas firme. Ferramentas como a Matriz de Eisenhower (Urgência x Importância) ou a técnica MoSCoW (Must-have, Should-have, Could-have, Won’t-have) se tornam suas melhores amigas. Eu, particularmente, adoro o MoSCoW para MVPs. Nos obriga a colocar o “Must-have” (o essencial para o MVP funcionar e entregar valor mínimo) em primeiro lugar, e tudo o mais em categorias secundárias que podem esperar por versões futuras. Isso evita o temido “inchaço de funcionalidades” que arrasta o cronograma e o orçamento para o abismo.

Alocação Inteligente de Recursos Humanos: O Motor do Seu Projeto

Gente. Ah, a equipe! Posso dizer com toda certeza que este é o ativo mais valioso de qualquer MVP. E, ironicamente, muitas vezes é onde os erros mais caros são cometidos. Contratar demais, contratar as pessoas erradas, ou não ter as habilidades certas na hora certa pode custar mais do que qualquer linha de código mal escrita. Lembro-me de quando começamos a contratar para um projeto e, por otimismo, trouxe um especialista em uma tecnologia super específica que achava que seria crucial. Acontece que para o MVP, a tecnologia era um exagero e o tempo dele acabou sendo subaproveitado, um custo altíssimo para um retorno baixo. A lição foi dura: cada membro da equipe para um MVP precisa ser um “faz-tudo” (generalista) com uma especialidade, alguém que veste múltiplas camisas e tem um alinhamento total com a visão enxuta. A paixão e a capacidade de adaptação são tão importantes quanto as habilidades técnicas puras, especialmente quando o time é pequeno e cada um precisa valer por três.

1. Otimizando Cada Função: Mais Músculo, Menos Gasto

Em um MVP, não há espaço para redundâncias. Você precisa de um time enxuto e multifuncional. Isso significa que, em vez de ter um especialista em UX, um em UI, e um desenvolvedor frontend, você talvez precise de alguém que consiga fazer um bom trabalho em todas essas frentes para a fase inicial. Isso não quer dizer sacrificar a qualidade, mas sim focar na entrega de valor com o mínimo de recursos. A chave está em identificar as competências essenciais e encontrar pessoas que tenham uma base sólida nessas áreas, com a capacidade de aprender e se adaptar rapidamente a novas necessidades. Contrate pela atitude e pelo potencial, tanto quanto pela experiência prévia.

2. Flexibilidade e Parcerias Estratégicas: Reduzindo Riscos

Às vezes, a melhor “contratação” não é uma contratação em tempo integral. Para certas funcionalidades muito específicas ou fases pontuais do projeto, buscar consultores externos, freelancers ou até mesmo parcerias com outras empresas pode ser uma saída inteligente. Por exemplo, em um dos meus projetos, precisávamos de uma modelagem de dados complexa para o MVP, mas era algo que não seria uma demanda constante. Em vez de contratar um especialista em tempo integral, optamos por um consultor por um mês. Foi uma decisão que economizou uma quantia considerável e nos deu o conhecimento especializado que precisávamos sem o compromisso de longo prazo de um salário fixo. É sobre ser cirúrgico onde você injeta o capital humano, buscando sempre o maior retorno sobre o investimento.

Dominando a Alocação de Recursos Financeiros: Cada Centavo Conta

O dinheiro… ah, o dinheiro! É o recurso mais tangível e, muitas vezes, o que mais rapidamente se esvai. Gerenciar o orçamento de um MVP é como andar na corda bamba: um passo em falso pode ser fatal. Eu já vi muitos projetos promissores irem por água abaixo não por falta de boas ideias ou talentos, mas por uma gestão financeira desastrosa. Lembro-me de um colega que, ao iniciar seu MVP, investiu pesado em marketing e publicidade antes mesmo de ter um produto minimamente viável. O dinheiro acabou, e o produto, ainda em fase beta, nunca gerou tração. Essa é uma armadilha comum: gastar nas coisas erradas no momento errado. A verdade é que, no início, cada euro, cada real, precisa ser justificado e direcionado para atividades que comprovadamente impulsionarão o projeto para a próxima fase. É um exercício constante de disciplina e reavaliação. Pergunte-se sempre: “Este gasto me aproxima do meu objetivo principal, que é validar a ideia e gerar os primeiros usuários?” Se a resposta não for um “sim” retumbante, talvez seja hora de repensar.

1. O Essencialismo Financeiro: Cortando o Desnecessário

Assim como nas funcionalidades, no orçamento, você também precisa ser um “cortador” implacável. Esqueça os escritórios luxuosos, os softwares caros com mil funcionalidades que você não usará, e os gadgets de última geração (a menos que sejam estritamente necessários para o desenvolvimento). Opte por ferramentas gratuitas ou de baixo custo, espaços de coworking se necessário, e foque seus gastos em desenvolvimento, validação com usuários e, talvez, um marketing de guerrilha muito focado. Eu sempre faço uma lista de “must-haves” e “nice-to-haves” para o orçamento. Os “nice-to-haves” são sempre adiados ou cortados. Por exemplo, em vez de uma assinatura cara de CRM, comece com uma planilha ou uma ferramenta gratuita até que a necessidade se torne inegável.

2. Monitoramento Contínuo e Contingência

Um orçamento para MVP não é algo estático. Ele precisa ser monitorado quase que diariamente. Use planilhas, ferramentas de gestão financeira simples, o que for. O importante é saber onde cada centavo está indo e se o gasto está gerando o retorno esperado. E, fundamental: tenha uma reserva de contingência. Imprevistos acontecem, e ter um colchão financeiro para esses momentos (digamos, 10-20% do orçamento total) pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso. Eu já passei pela situação de ter um desenvolvedor-chave doente e precisar contratar um freelancer às pressas para não atrasar o lançamento. Sem a reserva, o desespero teria sido maior e o impacto no projeto, devastador.

Tecnologia Inteligente, Não Apenas Cara: Escolhas que Geram Retorno

Ah, a tecnologia! O playground dos desenvolvedores e, muitas vezes, o buraco negro dos orçamentos de MVP. É tão fácil se perder na miríade de frameworks, linguagens e serviços em nuvem, cada um prometendo ser a “bala de prata”. Minha experiência me diz que a escolha tecnológica errada pode ser um dos erros mais caros e demorados para corrigir. Não é sobre usar a tecnologia mais “sexy” ou a que está na moda, mas sim a que se alinha perfeitamente com os requisitos do seu MVP, a capacidade da sua equipe e, crucialmente, que permita um desenvolvimento rápido e iterativo. Já vi equipes se afogarem em tecnologias complexas demais para o que precisavam, gastando mais tempo configurando o ambiente do que construindo o produto. A beleza do MVP é que ele não precisa ser escalável para milhões de usuários no dia um; ele precisa ser funcional para os primeiros 100 ou 1000, validar a ideia e depois evoluir. Focar em soluções “prontas para uso” (off-the-shelf) ou de código aberto pode economizar uma fortuna e um tempo precioso.

1. Ferramentas “Off-the-Shelf” e Open Source: Seus Aliados

Pense em tudo o que você pode “alugar” ou usar gratuitamente em vez de construir do zero. Para autenticação, por que não usar um serviço como Firebase ou Auth0? Para bancos de dados, serviços gerenciados da AWS, Google Cloud ou Azure podem ser mais eficientes do que manter seu próprio servidor. Ferramentas de gerenciamento de projeto, comunicação, controle de versão – há inúmeras opções gratuitas ou de baixo custo. A ideia é: se alguém já resolveu esse problema de forma eficiente e acessível, use! Não reinvente a roda. Isso libera seu time para focar no core do seu MVP, naquilo que realmente o diferencia. Eu sempre questiono: “Precisamos mesmo construir isso? Não existe uma API ou uma biblioteca que resolva?” É uma mentalidade de “o que já está pronto e funciona bem o suficiente para o MVP?”.

2. Escalabilidade Gradual: Construindo para o Amanhã, Não para o Ano que Vem

O erro clássico de desenvolvedores é querer construir um sistema que suporte milhões de usuários desde o dia zero. Isso é superestimar o sucesso inicial e subestimar os custos. Para um MVP, a escalabilidade é uma preocupação secundária. O foco deve ser em ter uma arquitetura flexível o suficiente para *permitir* a escalabilidade no futuro, mas sem gastar recursos preciosos agora em otimizações que talvez nunca sejam usadas. Comece com o simples. Uma boa base de código, testada, e com padrões de projeto claros é muito mais importante do que uma infraestrutura supercomplexa. Se o MVP tiver sucesso, você terá dinheiro e dados para investir em uma arquitetura mais robusta. Lembre-se: o objetivo é validar a ideia, não construir o próximo Google em um mês.

Validação Contínua: O Melhor Investimento de Tempo e Dinheiro

Sabe aquela sensação de ter trabalhado duro em algo, lançado e… nada? Pois é, já senti isso. E na maioria das vezes, o problema não era a falta de talento ou esforço, mas a ausência de uma validação contínua com o usuário. Acreditar que sua ideia é genial e que os usuários virão magicamente é um dos maiores erros de qualquer empreendedor. Eu aprendi, da pior forma, que gastar tempo e dinheiro construindo sem validar é como atirar no escuro. Minha experiência me mostrou que a validação não é uma etapa que você faz uma vez e pronto; é um processo iterativo, um diálogo constante com seu público-alvo. Desde o primeiro dia, eu comecei a mostrar protótipos, telas, e até mesmo ideias rabiscadas em guardanapos para potenciais usuários. As informações que eles me davam eram ouro puro, capazes de mudar a direção do projeto e, consequentemente, economizar meses de trabalho e milhares de euros em desenvolvimento de funcionalidades que ninguém queria.

1. Conversas Reais com Usuários Reais

Não há substituto para a conversa cara a cara (ou online, se for o caso) com seu usuário. Esqueça as pesquisas complexas ou os grupos focais caros no início. Pegue o telefone, mande um WhatsApp, encontre pessoas em cafés – o que for preciso. Mostre suas ideias, seu protótipo, seu MVP. Observe como eles interagem, ouça suas frustrações, suas sugestões. Muitas vezes, eles usarão seu produto de uma forma que você nunca imaginou, e é aí que a magia acontece. É nessas conversas que você descobre se o problema que você pensa que está resolvendo realmente existe e se sua solução é eficaz. Lembre-se, eles não precisam te dizer o que construir, mas sim o problema que sentem. A partir daí, sua expertise entra em ação para criar a solução.

2. Métricas Essenciais para Tomada de Decisão

Se você não consegue medir, não consegue gerenciar. Para um MVP, isso significa focar nas métricas mais cruciais que indicam se sua solução está resolvendo o problema e se as pessoas a estão usando. Esqueça as métricas de vaidade (número de downloads, visitas ao site sem engajamento real). Foque em métricas de ativação (quantos usuários completam a primeira ação importante?), retenção (quantos voltam a usar?) e engajamento (com que frequência e profundidade eles usam?). Por exemplo, se seu MVP é um aplicativo de finanças, a métrica mais importante pode ser a porcentagem de usuários que registram suas despesas diariamente. Isso te dá um feedback direto se sua solução está agregando valor e se você deve continuar investindo nela. Se os números não estiverem bons, é um sinal claro para pivotar ou refinar, economizando tempo e dinheiro antes que seja tarde demais.

Marketing e Lançamento Enxuto: Gerando Tração com Pouco

Depois de todo o suor investido no desenvolvimento do MVP, a tentação é gastar uma fortuna em um grande lançamento e campanhas de marketing massivas. Mas, hold on! Essa é outra armadilha para o orçamento e, sinceramente, uma estratégia que raramente funciona para um MVP. Em vez de um grande “big bang”, pense em “pequenos fogos de artifício” que geram interesse e, mais importante, validação. Lembro de um projeto onde gastamos quase nada em marketing inicial. Apenas criamos uma landing page simples, com uma descrição clara do problema que resolvíamos e uma chamada para ação para uma lista de espera. O resultado? Centenas de interessados que nos ajudaram a moldar o produto antes mesmo de ele estar 100% pronto. Isso nos deu confiança e direcionamento, além de provar que havia demanda, tudo isso com um investimento irrisório. O lançamento de um MVP não é sobre criar um buzz estrondoso, mas sobre atrair os “early adopters” certos que serão seus primeiros defensores e darão o feedback crucial para as próximas iterações.

1. O Poder do Marketing de Conteúdo e SEO

No mundo digital de hoje, ter uma presença online relevante é fundamental, mas não precisa custar uma fortuna. Criar conteúdo valioso que responda às perguntas do seu público-alvo e o ajude a resolver seus problemas é uma das formas mais orgânicas e sustentáveis de atrair atenção. Artigos de blog, tutoriais, vídeos curtos, posts em redes sociais – tudo isso pode ser feito com pouco ou nenhum custo financeiro direto, apenas seu tempo e conhecimento. E, claro, pensar em SEO desde o início, utilizando as palavras-chave que seu público pesquisa, garante que seu conteúdo seja encontrado por quem realmente importa. É um investimento de tempo que rende dividendos a longo prazo, posicionando você como uma autoridade no seu nicho.

2. Lançamento Gradual e Feedback Contínuo

Esqueça o lançamento global. Comece pequeno. Pense em um lançamento beta para um grupo seleto de usuários. Pode ser sua lista de espera, seus amigos, sua família, ou até mesmo pessoas que você encontrou em grupos online. Esse “lançamento suave” permite que você teste o produto em um ambiente real, colete feedback valioso e corrija bugs antes de abrir para um público maior. Isso minimiza o risco de uma má primeira impressão, que pode ser fatal para um MVP. O boca a boca positivo gerado por esses primeiros usuários satisfeitos é o marketing mais poderoso e gratuito que você pode ter. É como testar a água antes de mergulhar de cabeça. É a validação derradeira de que seu produto tem potencial, e que você pode, com mais confiança, começar a escalar seu marketing.

Para ilustrar melhor as prioridades de alocação de recursos em um MVP, criei esta tabela comparativa:

Recurso Prioridade no MVP (Foco Inicial) Evitar (Ou Postegar) Justificativa
Equipe Generalistas com foco em entrega e validação, flexíveis, poucos. Especialistas em tempo integral para funções secundárias, equipes grandes. Otimiza custos e permite agilidade; evita “peso morto” e burocracia.
Tecnologia Soluções prontas, open source, serviços gerenciados, arquitetura simples. Tecnologias de ponta não validadas, infraestrutura superescalável, construção de tudo do zero. Acelera o desenvolvimento, reduz custos e permite foco no valor central.
Marketing Validação de mercado, SEO básico, conteúdo orgânico, boca a boca, comunidades. Grandes campanhas pagas, branding complexo, relações públicas massivas. Atrai early adopters, valida a demanda e gera prova social com baixo custo.
Operações Processos manuais ou semi-automatizados, ferramentas gratuitas/freemium. Automação completa de processos não validados, escritórios caros, infraestrutura física pesada. Permite validação rápida e ajusta processos à medida que o produto cresce e as necessidades são comprovadas.

Construindo a Resiliência: Aprendendo com Cada Iteração

Olha, se tem algo que aprendi nessa jornada de MVPs é que o caminho nunca é uma linha reta. Haverá curvas, desvios e, sim, alguns muros que você vai bater de frente. A questão não é se você vai errar, mas como você vai reagir a esses erros. A resiliência é o seu superpoder no mundo dos MVPs. Lembro-me claramente de uma funcionalidade que tínhamos certeza que seria um sucesso absoluto. Passamos semanas desenvolvendo, investimos recursos consideráveis, e quando lançamos… nada. Os usuários simplesmente não a usavam. O primeiro impulso foi o desânimo, a frustração. Mas, em vez de desistir, nos forçamos a analisar os dados, conversar com os usuários e entender o porquê. Descobrimos que a forma como apresentamos a funcionalidade não era clara, e que o problema que ela resolvia não era tão prioritário para o nosso público quanto pensávamos. Esse feedback doloroso nos permitiu pivotar, ajustar o foco e, no final, criamos algo muito mais valioso. É sobre abraçar a incerteza e ter a coragem de mudar de curso quando os dados e o feedback dos usuários mostram que você está no caminho errado. A otimização de recursos não é apenas sobre gastar menos, mas sobre gastar *melhor*, e isso inclui saber quando parar de gastar em algo que não está funcionando.

1. Cultura de Experimentação e Aprendizado Rápido

Em um ambiente de MVP, cada ideia é uma hipótese a ser testada. Crie uma cultura onde errar é permitido, desde que se aprenda com o erro e se itere rapidamente. Testes A/B, lançamentos de funcionalidades mínimas (small batches), e a observação atenta do comportamento do usuário se tornam ferramentas poderosas. Eu sempre encorajo minha equipe a lançar o mais rápido possível e observar. Não é para ser perfeito, é para ser testável. A velocidade com que você testa uma hipótese e aprende com os resultados é o seu maior diferencial. Isso minimiza o risco de gastar tempo e dinheiro em algo que não trará retorno, e maximiza o aprendizado a cada passo.

2. Pivotar Sem Medo, Mas Com Dados

A palavra “pivotar” assusta muita gente. Parece um sinal de falha. Mas, para mim, pivotar é um sinal de inteligência e adaptabilidade. É reconhecer que o mercado mudou, que sua hipótese inicial estava errada, ou que você descobriu um problema ainda mais interessante para resolver. No entanto, um pivô não deve ser uma decisão emocional. Ele precisa ser embasado em dados concretos: feedback dos usuários, métricas de engajamento, análise de mercado. Quando os números e as conversas mostram consistentemente que sua abordagem atual não está funcionando, é um sinal claro de que é hora de mudar. Não se apegue à sua ideia original como se ela fosse seu filho. Seja implacável com a ideia, mas gentil com as pessoas. Sua capacidade de se adaptar e direcionar seus recursos para a direção certa, mesmo que isso signifique mudar tudo, é a verdadeira prova da sua resiliência e da sua sabedoria como empreendedor.

Para Concluir

E assim chegamos ao fim dessa jornada sobre otimização de recursos no MVP. O que eu quero que você leve daqui é que construir um produto mínimo viável não é sobre ter menos, mas sobre ter *o essencial* com inteligência e propósito.

Cada euro investido, cada hora dedicada da sua equipe, e cada linha de código precisa ter um objetivo claro: validar sua ideia e resolver uma dor real do usuário.

Seja implacável com o desperdício, abrace a experimentação e, acima de tudo, ouça seus usuários. É essa mentalidade enxuta, focada e adaptável que pavimentará o seu caminho para o sucesso e evitará que seu sonho se torne uma miragem.

Informações Úteis para o Seu MVP

1. Validação Primordial: Antes de qualquer coisa, certifique-se de que a dor que você quer resolver é real e que seu público a sente de verdade. Uma boa conversa vale mais que mil funcionalidades não usadas.

2. Equipe Multifuncional: Para um MVP, ter pessoas que conseguem transitar por diferentes funções – do design ao desenvolvimento – é um diferencial imenso. Eles são os “jokers” do seu baralho.

3. Tecnologia Não É Ostentação: Opte por soluções “off-the-shelf” ou open source sempre que possível. Construir tudo do zero é um luxo que poucos MVPs podem se dar, e muitas vezes desnecessário.

4. Dinheiro: Cada Cêntimo Conta: Controle seu orçamento como um falcão. Priorize gastos que comprovem a validação do produto e a tração inicial, não em “luxos” que podem esperar.

5. Feedback É Ouro: Encare cada iteração e cada feedback do usuário como uma oportunidade de ouro para ajustar o curso. A resiliência e a capacidade de pivotar são suas maiores aliadas.

Resumo dos Pontos Chave

Foco inabalável no problema central do usuário. Alocação inteligente de recursos humanos, priorizando flexibilidade e multifuncionalidade. Gestão financeira rigorosa, cortando o desnecessário e mantendo uma reserva.

Escolha tecnológica pragmática, favorecendo o “pronto para usar” e o código aberto. Validação contínua com usuários reais e métricas essenciais. Lançamento enxuto com marketing de conteúdo e SEO orgânico.

Cultura de experimentação, aprendizado rápido e coragem para pivotar com base em dados.

Perguntas Frequentes (FAQ) 📖

P: Com a grana e o tempo contados, como é que a gente decide o que é essencial para o MVP sem se perder no caminho?

R: Ah, essa é a pergunta de um milhão de reais, ou melhor, de um milhão de segundos! Quando a gente tá com os recursos na ponta, a tentação de querer fazer tudo é enorme, né?
Mas, na real, meu amigo, o segredo é ser cirúrgico. Pensa assim: qual é o problema principal que seu produto resolve? E qual é a solução mais simples pra isso?
Eu já cometi o erro de tentar colocar muita coisa em um MVP inicial. Lembro de um projeto onde a gente queria lançar um aplicativo de entrega de marmitas saudáveis.
No primeiro rascunho, tava cheio de funcionalidades extras: contador de calorias, integração com smartwatch, chat com nutricionista… Uma loucura! Gastamos um tempo absurdo só pra planejar isso.
No fim, a gente sentou, conversou com umas dez pessoas que seriam nossos clientes-alvo e descobrimos que elas só queriam uma coisa: “Comida boa, fácil de pedir e que chegue rápido”.
Simples assim. Então, a dica de ouro é: foca no “core business”. O que faz o seu produto ser indispensável para o usuário?
Deixa os “perfuminhos” para depois. Usa o método MoSCoW (Must have, Should have, Could have, Won’t have) ou faz um mapeamento da jornada do usuário, mas sempre com a pergunta na cabeça: “Isso resolve a dor principal de forma eficiente?” Se não resolver, corta.
É libertador, te juro!

P: Beleza, já sei o que colocar, mas como eu testo essa ideia com o mínimo de investimento, sem ter que botar a casa à venda?

R: Essa é a parte que a gente separa os sonhadores dos realizadores, viu? Testar a ideia sem gastar uma fortuna é o puro suco da metodologia Lean Startup.
Esquece aquela ideia de passar meses desenvolvendo pra só depois botar na rua. Isso é tiro no pé. Minha experiência me diz que a melhor coisa é criar um “protótipo de papel” ou uma landing page.
Eu mesmo já fiz isso. Pra um projeto de consultoria, em vez de construir um site completo, criei uma página simples no Wix, com um formulário de contato e um vídeo caseiro explicando a ideia.
Divulguei para umas 50 pessoas do meu círculo e pedi feedback. O resultado? Recebi mais de 15 interessados em duas semanas e validei a demanda com um custo quase zero.
Usei o dinheiro que economizei pra refinar a proposta. Você pode fazer pesquisas rápidas no Google Forms, criar mockups no Figma pra mostrar a interface, fazer entrevistas com potenciais clientes na fila do pão, ou até mesmo rodar um anúncio bem baratinho nas redes sociais direcionando para uma página de “em breve” com um botão de “quero ser avisado”.
A ideia é “sentir” o mercado, colher dados e validar sua hipótese antes de escrever uma linha de código cara ou alugar um escritório. Lembra: um “não” no começo é muito mais barato que um “não” depois de um ano de trabalho.

P: Quais são os maiores tropeços na hora de alocar recursos para um MVP, e como a gente faz para não cair neles?

R: Ah, os tropeços… quem nunca, né? Eu já vi muita gente boa escorregar feio nessa parte, e confesso que já bati a cabeça em alguns deles também.
O primeiro e maior tropeço, na minha opinião, é a superengenharia. É querer construir a Catedral de Notre Dame quando você só precisa de uma capelinha pra rezar.
Achar que precisa do recurso X, da ferramenta Y, do especialista Z, quando o que você precisa é de alguém que resolva o problema. Outro erro crasso é não ouvir o mercado.
A gente se apaixona pela nossa ideia e esquece que ela precisa ser útil para outros. Quantas vezes eu já vi um time passar semanas desenvolvendo uma funcionalidade que eles achavam que o cliente queria, só pra descobrir que ninguém usava?
É frustrante e caro. Pra não cair nessas armadilhas, a palavra-chave é flexibilidade e aprendizado contínuo. Seja ágil de verdade, não só na teoria.
Crie ciclos curtos de desenvolvimento (sprint), lance a funcionalidade mais básica possível, colete feedback (e aceite-o, mesmo que doa!), e itere. Não tenha medo de pivotar se os dados mostrarem que você está no caminho errado.
Dinheiro bem alocado não é o que se gasta, é o que gera valor. E valor, no MVP, é resolver uma dor específica do seu usuário da forma mais simples e eficiente possível, aprendendo rápido e ajustando o curso.
Isso sim te dá fôlego pra seguir em frente!